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Farra Dos Brinquedos

Domingo

17h

 

Formado por nomes tarimbados da cena musical carioca, o Farra dos Brinquedos lançou recentemente, em parceria com a Biscoito Fino, seu segundo trabalho de estúdio de sua carreira iniciada em 2012. O novo projeto, batizado de “Tudo quanto é coisa”, chegou ao canal de youtube do grupo (https://www.youtube.com/c/FarradosBrinquedos) em formato de vídeo-álbum, com 11 canções, cujos temas lúdicos aliados à variedade de ritmos pretendem despertar nas crianças o fascínio pela música.

Embora seja voltado primordialmente ao público infantil de até 10 anos de idade, o quinteto formado por Bebel Nicioli (flauta, clarinete e voz), Carlos Sales (bateria, percussão e voz),  Elisa Addor (voz), Pedro Miranda (voz e percussão) e Rodrigo Ferrero (acordeom, violão e voz) consegue, através da versatilidade e do requinte sonoro, agradar também aos ouvidos de pais e mães. 

“Há um cuidado para que a música seja feita com autenticidade e verdade, sem subestimar os ouvidos de nosso público, sejam crianças ou adultos. As crianças são ouvintes exigentes e criteriosas e merecem uma música bem tocada, bem composta, um show bem produzido, pensado para e com elas. Lidamos com este trabalho da mesma forma com que lidamos com os outros trabalhos de nossas vidas, colocando a alma ali, tocando o que nos toca, com a pitada do lúdico e do ‘tocar com o corpo inteiro’. Assim, acessamos a criança de uma forma muito linda e os adultos em volta também”, pondera Bebel Nicioli, que atua paralelamente na área de educação musical infantil, assim como os companheiros Elisa Addor e Rodrigo Ferrero.

A produção musical é do multi-instrumentista Guto Wirtti, que, além de gravar baixo, sintetizadores e percussão, responde pelo arranjos de uma parte das canções, dividindo os créditos no álbum com Marcelo Caldi. Este último assina ainda a autoria de algumas faixas, assim como Pedro Miranda, Rodrigo Ferrero, Elisa Addor, Bebel Nicioli, Zé Zuca e Rodrigo Maranhão

Embalado por letras que mergulham no universo dos bichos, das lendas, das fantasias, dos medos, dos questionamentos e das travessuras do imaginário infantil, o repertório transita com delicadeza pelo baião, maracatu, samba, reggae, jazz, disco-music e rock. 

“É muito importante manter a criança sempre instigada. E essa variedade de temas e estilos acaba gerando um conteúdo muito rico que agrada a todas as idades. Não é porque é para criança que precisa ter acordes, harmonias e ritmos mais simples ou bases com menos instrumentos. Todas essas camadas são muito legais porque vão criando diferentes níveis de percepção, onde a cada vez que a criança ouve ela percebe uma coisa nova”, ressalta Pedro Miranda.

 Ainda que as faixas já estivessem em processo de produção desde o fim de 2019, “em doses homeopáticas”, como afirma Bebel, o edital da Lei Aldir Blanc possibilitou que o projeto pudesse ser transformdo em um álbum visual.

“Pedro Miranda teve a ideia de inscrever o projeto no edital para ilustrar nossas canções com imagens, cores e brincadeiras. Assim como todos que vivem de cultura no nosso país, vislumbramos a oportunidade de continuar trabalhando e ainda criar um lindo produto audiovisual para a criançada que está bastante em casa nesses tempos”, afirma Elisa. 

As filmagens foram realizadas ao longo de três dias em um sítio na Ilha de Guaratiba, na Zona Oeste do Rio, por uma equipe de aproximadamente dez pessoas encabeçada pelo diretor Eduardo Hunter de Moura. A direção artística ficou por conta de Caroline Monlleo em conjunto com o quinteto. O resultado final é uma série de clipes independentes que fazem sentido ao serem vistos individualmente, mas com um enredo implícito que costura as canções. 

A produção do vídeo-álbum aconteceu durante a pandemia – mediante o cumprimento das normas de segurança exigidos pelas autoridades sanitárias –, o que não deixou de ser um desafio para a equipe.

“Em outra época, estaríamos todos juntos no estúdio, gravando e contribuindo coletivamente  com ideias, mas nos viramos como deu. O coro das músicas, por exemplo, foi feito separadamente, com uma linha na mesa de som para cada pessoa. Gravamos quase tudo individualmente no estúdio do Carlão, no máximo em duplas, respeitando sempre o distanciamento, e tirávamos a máscara somente para gravar vozes e sopros. A filmagem aconteceu também dentro de todos os protocolos de segurança, em que todos da equipe, sem exceção, fizeram o teste de PCR antes de irem para o set”, recorda Bebel.   

O patrocínio do vídeo-álbum “Tudo quanto é coisa” é do Governo Federal, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, através da Lei Aldir Blanc.

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15 de maio

Virtual e as crianças